Magnus, o maestro

Magnus é máximo em latim (Magnus Pictor Fecit): imperadores impetuosos imponentes descendentes da loba romana.
Raviola é nome de um italiano, o que não surpreende: difícil não imaginá-lo atrás de um balcâo de uma mercearia de frios e de pasta, com um avental branco com a palavra “Italia” bordada.

Quem leu “Necron”, contudo, não vê nenhum balconista sorridente, somente o rosto de Frieda Boher, necrófila genial e perversa.

Roberto Raviola (Magnus) nasceu em Bologna, Itália (1939) e ali veio a falecer, em 1996.

Professor de desenho, largou as aulas para se tornar um maestro dos quadrinhos e da ilustração.

Há boas biografias e referências ao seu trabalho na WWW, como o site oficial e outros. Quanto às editoras, contudo, ainda não lançaram muitas coletâneas do seu trabalho. O fato é que muitas obras de Magnus foram publicadas em edições baratas e não deve ser fácil recuperá- las. Aguardemos os anúncios.

Três obras eu me lembro de terem sido traduzidas para o pt-br: “As 110 Pílulas” (Editora Martins Fontes), “Mulheres Encantadas” (alguns episódios na extinta revista Animal da VHDdiffusion) e “Necron” (já citada – pelo menos, sei que a versão-piloto ou primeiro episódio foi lançado no Brasil pela mesma VHDdiffusion).

“As 110 Pílulas” (Le 110 Pillole) e “Mulheres Encantadas” (Le femmine incantate) se passam em uma pseudo-China medieval, misturada com soldados maoistas, histórias budistas e taoistas, mulheres sensuais e homens apaixonados.